domingo, 13 de julho de 2025

Hillary Clinton chama Bolsonaro de 'amigo corrupto' de Trump e diz que tarifa visa protegê-lo



A política democrata afirmou que a taxa de 50% prejudica consumidores nos EUA e favorece ex-presidente brasileiro, que atualmente é réu por tentativa de golpe de Estado.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton criticou na última quinta-feira (10 de julho 2025) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, afirmando que a medida beneficiaria um aliado político próximo do republicano.

"Você está prestes a pagar mais pela carne não apenas porque Trump quer proteger seu amigo corrupto... mas também porque os republicanos no Congresso decidiram ceder a ele seu poder sobre a política comercial", escreveu Hillary em suas redes sociais. 

A política democrata publicou a mensagem após a decisão do governo de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros importados pelos EUA. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump notificou oficialmente a imposição das tarifas, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto, e reiterou seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de investigação no Brasil por suposta ligação com uma tentativa de golpe de Estado.

O presidente dos EUA também criticou o que chamou de "centenas de ordens de censura secretas e ilegais" contra plataformas digitais dos EUA, além de acusar o Brasil de manter uma "relação comercial muito injusta" com Washington.



Em resposta, Lula declarou que "o Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitarão ser tuteladas por ninguém". 

O presidente brasileiro negou haver déficit comercial com os EUA e prometeu aplicar medidas recíprocas caso as tarifas sejam efetivadas.

O governo brasileiro convocou o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. Paralelamente, o assessor especial Celso Amorim afirmou que os Estados Unidos "estarão dando um tiro no próprio pé" caso insistam na escalada tarifária.