quarta-feira, 31 de maio de 2023

Docentes de universidades estaduais do Paraná fazem protesto na ALEP

O Blog do Bassa acompanhou a greve em frente a ALEP nesta terça-feira (30 de maio de 2023)


Os docentes das universidades estaduais do Paraná seguem em greve. Nesta terça-feira (30) fizeram manifestação durante a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná. Subiram nas galerias e pediram aos parlamentares que fossem ouvidos. Representantes das sete universidades estaduais estavam presentes.

O presidente do Sindicato dos docentes da Universidade Estadual de Maringá, Thiago Ferraiol, explicou que há sete anos não há reposição salarial, e a defasagem já ultrapassa mais de 42%.

Os professores e estudantes das universidades estaduais do Paraná estão em greve desde o dia 15 de maio.

Por meio de nota a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) informou que tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo.

Já a assessoria do governo disse que o governador Ratinho Junior aguarda o andamento das conversas.

Agendas em Curitiba e Ponta Grossa durante a semana

Os docentes da UEPG realizaram atividades em Curitiba e Ponta Grossa durante a semana. Na terça-feira, 30, a agenda de greve iniciou com ato de plenária no TeleB/Unespar, em Curitiba. Em Ponta Grossa, No Campus Central da UEPG, ocorreu blitz da greve. Pelo período da manhã, a atual diretoria do Sinduepg se reuniu com o pró-reitor de graduação, professor Miguel Arcanjo, para tratar do movimento de greve. “Estive com outros colegas do sindicato junto à Prograd onde pudemos falar acerca de legitimidade do movimento de greve e as demandas que envolvem a pró-reitoria sobretudo o uso irregular do ensino remoto e novamente frisando a importância da suspensão do calendário acadêmico de 2023”, relata o professor Volney Campos, diretor do Sinduepg.

No período da tarde os professores e professoras acompanharam um ato em frente da Assembleia Legislativa do Paraná e a sessão da Alep. “A presença de todos os sindicatos representados por estudantes e professores foi fundamental para mostrar ao governo do Estado a necessidade de negociar com os docentes das universidades. Lotamos as galerias da Alep e demos o recado para os deputados e em especial para o secretário da Fazenda, Rene Garcia Junior, que também participou da sessão da Alep”, afirma a professora Cíntia Xavier, que participou das atividades em Curitiba.

A categoria cobra uma reposição salarial de ordem de 42%, percentual referente à data-base acumulada nos últimos sete anos. Até o momento, o Governo do Estado acenou com uma proposta de 5,79%, a ser paga a partir de agosto. Os sindicatos também pedem abertura de negociação com a administração estadual.