domingo, 6 de abril de 2025

Abril Azul: Comunidade autista de São José dos Pinhais organiza atividades em prol da conscientização sobre o TEA

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, comemorado anualmente no dia 2 de abril, marca o mês inteiro de debate sobre o autismo. Na primeira semana, grande parte das ações começaram a ocorrer, em todo o Brasil, com eventos públicos e privados. 

O Abril Azul se estabeleceu por iniciativa da ONU - Organização das Nações Unidas. O mês de abril se tornou tradição no calendário de todo os países do Mundo. É o período que os governos, entidades, médicos, psicólogos, profissionais da área, famílias e comunidades autistas se organizam e realizam caminhadas, ações e intensificam campanhas de conscientização que trata do Transtorno do Espectro Autista. 

O Transtorno do Espectro Autista é reconhecido por lei como deficiência, portanto, o Autista se enquadra como PCD para efeitos jurídicos. Existem muitas leis que protegem os direitos da pessoa Autista. Consulte um advogado para mais informações. Clique aqui e Saiba mais.




Fundadora da primeira ONG de autismo de São José dos Pinhais

 

"Ainda hoje, apesar dos primeiros relatos do Autismo serem de 1943, a sociedade ainda não está conscientizada sobre o transtorno, o que gera muito preconceito e exclusão. Daí a necessidade de Conscientização pois todo autista antes de ser autista é uma pessoa e tem o direito de estar onde ele quiser estar. E a Conscientização da sociedade nos ajuda também a buscar políticas públicas tão necessárias as pessoas com TEA." - Antonia Cia - Psicopedagoga e Palestrante

 

 A agência Brasil de notícias divulgou uma notícia que trata sobre a Desinformação sobre autismo no Telegram que cresceu 150 vezes em seis anos - Clique aqui e saiba mais 


ONU marca Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo




Autonomia e respeito

Para Guterres, secretário-geral da ONU, "apesar de conquistas importantes, as pessoas seguem enfrentando barreiras sociais e ambientais para exercer seus direitos plenos e liberdades fundamentais."

Ele citou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.

O líder das Nações Unidas acredita que é preciso fazer mais ao promover a educação inclusiva, a igualdade em oportunidades de trabalho e a autonomia num ambiente de respeito.


António Guterres também ressalta a importância do papel das famílias e cuidadores de pessoas que vivem com autismo
A ONU defende que, não somente em 2 de abril, mas todos os dias, é preciso reconhecer as contribuições ativas e diversas das pessoas com autismo para sociedades em todo o mundo.




O Autismo não é considerado uma doença. E sim uma condição no desenvolvimento neurológico que envolve as condições físicas-biológicas-neurológicas do cérebro humano. O Abril Azul é campanha busca conscientizar as pessoas sobre o autismo e busca também incentivar ações de inclusão das pessoas com autismo em nossa sociedade.



O projeto Autismo e Realidade orienta sobre alguns conceitos de fundamental importância para a conscientização do autismo:

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. 

Outras características da pessoa Autista são o hiperfoco em temas específicos e seletividade alimentar.


O autista está mais vulnerável a problemas de saúde mental e pode desenvolver comorbidades psiquiátricas como: ansiedade, insônia, depressão, bipolaridade, dificuldade com alimentação adequada e ausência do consumo de nutrientes necessários para a saúde física e mental.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. 

Um indivíduo com grau 2 de suporte tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como preparar a sua refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.

Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e aa exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.

Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que somente profissional da área médica e da psicologia, neuropsicologia é que podem realizar os diagnósticos. O laudo do Autismo só tem validade jurídica se for assinado por algum médico e se o indivíduo ter concluído os testes feitos pela neurociência.

O autismo não é achismo. É verdadeiro quando feito os testes por profissional habilitado, diplomado.


Os distúrbios do sono são algumas das diversas comorbidades que pode afetar o indivíduo autista.

Autismo e Sono: Clique aqui e confira o artigo escrito pela Bárbara Bertaglia - Médica residente na pediatria da Santa Casa de São Paulo, pesquisadora na área de Transtorno do Espectro Autista e membro da equipe Autismo e Realidade desde 2019. 

A imprensa tem ofertado bastante visibilidade sobre o Autismo. Clique aqui e confira as notícias sobre o tema do Autismo veiculados pela Agência Brasil;

Clique aqui e saiba mais sobre eventos que estão ocorrendo sobre o autismo em vários cantos pelo Brasil. 

A jornalista Sophia Mendonça, do canal Autismo, veiculou o artigo para orientar o público sobre a importância da sociedade as mães que tem filhos diagnosticados com o TEA.

"Nada do que se diz na hora da crise é válido. Mas uma coisa é certa: temos que ter mais empatia com as mães!"

O título do artigo é: Mais empatia com as mães, por favor! - clique aqui e confira.


O jornalista Vitor Costa, que também é autista, escreveu o artigo: "O desafio de ser autista e o peso de não corresponder às expectativas da sociedade". Clique aqui e confira.


Capacitismo: o que é e o que fazer? 


 

Impedir desenvolvimento de autistas é um ato de discriminação;

Discriminar uma pessoa com deficiência, inclusive os autistas, é crime no Brasil, de acordo com a lei 13.146/2015. A norma prevê pena de 1 a 3 anos de prisão e pagamento de multa.

Comissão aprova projeto que cria programa nutricional para pessoas com autismo 

Câmara Municipal de São José dos Pinhais realiza atividades referente ao Abril Azul



A Câmara Municipal de São José dos Pinhais realizou na sexta-feira, 04 de abril, O início do Ciclo de Palestras como o nome: TEA – Vivências, Direitos e Desafios, que vai reunir profissionais de diversas áreas e especialidades, que trabalham com inclusão, educação e saúde para pessoas com autismo.

As palestras serão realizadas sempre no Plenário da Câmara Municipal, que também vai receber uma exposição de artes produzidas com pinturas, desenhos e gravuras produzidas por alunos autistas.

Conforme explicou o presidente da Câmara Municipal, vereador Professor Wellington Leitão (PSB), o objetivo do evento é o de proporcionar espaço para o fortalecimento de políticas públicas, cumprindo um papel fundamental da Câmara que é de promover debates construtivos.

“Queremos um Poder Legislativo cada vez mais para as pessoas, servindo a comunidade, e quando promovemos eventos dessa natureza, além de trazermos a comunidade para a Câmara, também fortalecemos debates importantes para a melhoria da qualidade de vida da população”; comentou o vereador Presidente da Câmara Municipal, professor Wellington.

O Vereador reforçou ainda o trabalho de todos os vereadores nestas ações: “Através das nossas Comissões Internas conseguimos um trabalho amplo e integral de todos os vereadores, pois as Comissões , em suas temáticas, contribuem com as atividades e a qualificação dos debates, e neste caso específico do autismo, além da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Direitos Humanos, tratamos de saúde, de proteção, de educação e até de segurança; desta forma, todo o Legislativo fica envolvido”, finalizou o Vereador Professor Wellington.



Clique aqui e conheça os significados dos cordões.

O Shopping São José também está apoiando a causa Autista durante o mês de Abril.


O Shopping São José disponibilizou espaço aberto ao público para as pessoas conhecerem o trabalho desenvolvido pelas ONGS que visam colaborar com a captação de recursos para as famílias atípicas de São José dos Pinhais-PR.





Confira a nota do Shopping:

Entre os dias 2 e 13 de abril, o Shopping São José recebe mais uma edição da Feira Mães Atípicas, iniciativa que dá visibilidade ao trabalho de mães empreendedoras que precisaram abrir mão do mercado formal para conciliar a rotina de terapias e cuidados com seus filhos. A feira acontece no Piso L1, ao lado da Americanas, e reúne três organizações que apoiam essas mulheres: Associação Love Kids, ONG Mães de Autistas e ONG Falando Sobre o Autismo.“A feira é uma oportunidade de troca de experiências e de fortalecimento da autonomia dessas mães, que muitas vezes encontram barreiras no mercado tradicional. 

Muitas delas aprenderam um ofício em nossas oficinas e hoje conseguem transformar esse conhecimento em fonte de renda. Ver essas mulheres realizadas, fazendo o que amam e sendo remuneradas pelo seu talento, é gratificante”, destaca Patrícia Ern, presidente da ONG Falando Sobre o Autismo.Com renda 100% revertida para as mães expositoras e produtos que vão desde confeitaria até vestuário, artesanato e cosméticos, a expectativa das participantes para o evento deste ano é bastante positiva.

“Para essa edição, as mães atípicas estão muito animadas, pois viveram a experiência do ano passado que foi muito enriquecedora, além do faturamento que foi maravilhoso”, complementa Patrícia.Para a gerente de marketing do Shopping São José, a feira representa mais do que um espaço de vendas, é uma oportunidade de fortalecimento da comunidade e apoio a essas mulheres. 

“Nosso compromisso vai além do comércio. Queremos ser um espaço que fomenta iniciativas inclusivas e valoriza histórias de superação. A Feira de Mães Atípicas é um exemplo inspirador do poder do empreendedorismo na transformação de vidas”, ressalta Talita Dallmann.

 


Caminhada em prol do Autismo será realizada em São José dos Pinhais em 12 de abril:












O que esperar à medida que as pessoas com TEA envelhecem?

Clique aqui e confira o artigo do portal Autismo e Realidade: Como se preparar para uma velhice com mais qualidade? 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não tem cura e, portanto, é uma condição para a vida toda.

Embora muitos estudos sejam focados na infância e adolescência, é essencial compreender como as pessoas com TEA envelhecem, especialmente com o aumento de diagnósticos em adultos. Entender esse processo permite oferecer um suporte mais adequado e promover qualidade de vida.

À medida que envelhecem, indivíduos com TEA podem enfrentar desafios específicos de saúde. Condições como ansiedade, depressão, problemas gastrointestinais, cardiovasculares e alterações no sono costumam ser mais comuns. Além disso, dificuldades na comunicação e sensibilidades sensoriais exigem maior atenção durante as consultas médicas. Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para oferecer um atendimento inclusivo e adaptado às necessidades de cada indivíduo. 

Dica: Converse com pessoas que enfrentam desafios semelhantes para trocar experiências e contatos úteis. Encontrar profissionais de saúde qualificados que trabalham com pacientes com Transtorno do Espectro Autista é muito importante. 

Preparar-se para a velhice de um familiar com Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve planejamento cuidadoso e suporte contínuo. É fundamental manter o acompanhamento médico regular para monitorar a saúde física e mental. Buscar apoio psicológico pode auxiliar na adaptação às mudanças que o envelhecimento traz.

Manter uma rede de apoio social ativa também é recomendado e contribui para o bem-estar emocional. Família, amigos e a comunidade do entorno desempenham um papel importante ao oferecer suporte e encorajar a interação social nas atividades cotidianas.

Trabalho e independência financeira

Planejar a segurança financeira, incluindo aposentadoria e possíveis benefícios sociais, é essencial, embora desafiador. Portanto, quanto antes começar a planejar, melhor.

Adultos com TEA podem encontrar barreiras na obtenção e manutenção de empregos, muitas vezes devido a preconceitos ou falta de compreensão. No entanto, tem crescido o número de empresas com programas de capacitação e políticas de acessibilidade e inclusão. 

Ambientes acessíveis e adaptados

Criar espaços acolhedores é muito importante. Ambientes com pouca sobrecarga sensorial e rotinas estruturadas podem facilitar o dia a dia de uma pessoa com TEA. Modelos de moradia assistida ou independente com suporte adequado são opções que promovem autonomia, embora ainda não estejam amplamente acessíveis no Brasil. Pesquise sobre e veja como isso pode estar alinhado à sua realidade. 

Perspectivas para uma vida plena

Apesar dos desafios, é possível promover um envelhecimento saudável e digno para pessoas com TEA. Isso requer adotar ações intersetoriais, o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esse grupo, avanços em pesquisas que indiquem o caminho para um envelhecimento saudável e ativo, além de mobilização para uma sociedade empática e inclusiva. Investir em suporte contínuo e promover a inclusão em todas as fases da vida permite que indivíduos com autismo vivam com segurança, conforto e pertencimento.

Uma conclusão que é unanimidade em profissionais que estudam o TEA, é a solicitação de apoio de toda sociedade, "temos a responsabilidade de acolher e atender às necessidades de adultos e idosos com TEA, garantindo que todos tenham a oportunidade de viver de forma plena e integrada."