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BASSA
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| O artigo desta segunda-feira, 19 de setembro de 2024, é da especialista em neurociência - Marina Marzotto Mezzetti - colunista do portal Administradores. |
Confira:
O que não se mede, não se evolui, e nosso cérebro precisa desse parâmetro para se automotivar e entender que estamos progredindo.
Você é o tipo de pessoa e profissional que estabelece metas, sabendo onde e quando quer chegar? Se sim, com certeza você possui algum método para acompanhar suas evoluções. Se não, acredite em mim: você deveria ter. Afinal, o que não se mede, não se evolui, e nosso cérebro precisa desse parâmetro para se automotivar e entender que estamos progredindo.
Portanto, aqui vai uma provocação sobre produtividade: você já se perguntou se as suas métricas de produtividade realmente fazem sentido? Ou se elas estão mais atrapalhando do que ajudando? Gostaria de explorar como as métricas podem enganar você e como insights da neurociência podem ajudar a encontrar um equilíbrio mais saudável e efetivo.
A fórmula clássica de produtividade é simples: Produção e Tempo. Parece simples, mas será que isso realmente mede o que importa? Elihu Goldratt disse: “Diga-me como você me avalia e eu lhe direi como me comportarei.” As métricas influenciam nosso comportamento e muitas vezes levam a uma falsa sensação de produtividade.
A neurociência suporta alguns estudos que destacam três cenários principais que afetam a produtividade: distração, sobrecarga e extinção de incêndios. Distração refere-se às interrupções constantes por notificações e reuniões. Sobrecarga é o aumento de tarefas e demandas.
Você já parou para pensar em como está usando o seu recurso mais valioso: o seu tempo? Comumente, ouvimos desculpas como “eu não tive tempo”, mas, se somos nós que priorizamos o tempo, então, concorda que talvez não fosse tão importante assim? Condicionar sua mente para diminuir as distrações no ambiente, limitar as atividades que executará por dia ou por hora são cruciais para alcançar uma produtividade mais eficiente.
Aqui estão algumas dicas e estratégias para clarear e ajudar no seu próximo planejamento. Priorize o foco, reduzindo distrações e estabelecendo blocos de tempo para tarefas importantes. Gerencie a energia, cuidando do seu bem-estar físico e mental para manter uma produtividade sustentável. Desenvolva a autonomia, organizando seu trabalho de forma que você tenha liberdade para ser eficiente. Construa confiança, trabalhando em um ambiente onde se sinta apoiado e confiante. Redefina suas métricas, focando em métricas que refletem a qualidade e o impacto real do trabalho, não apenas na quantidade de entregas. Estudos mostram que um equilíbrio entre tempo, energia e atenção é essencial para resultados significativos, como apontado por Anne-Laure Le Cunff em “Smart Goals Are Not So Smart”.
Use feedback constante, implementando sistemas que possam ajudar a ajustar suas abordagens e melhorar a eficiência. Isso ativa o circuito de recompensa do cérebro, incentivando comportamentos produtivos e positivos, conforme discutido por Dan Ariely em “Predictably Irrational”.
Equilibre tempo e energia, considerando o equilíbrio entre tempo, energia e atenção para resultados significativos, como sugerido por Dominic Price em “It’s Time to Stop Measuring Productivity”. Integre métricas com contexto, pois o ambiente de trabalho e o contexto em que as métricas são aplicadas têm um impacto significativo na sua eficácia e na satisfação geral. Um ambiente positivo e adaptável pode fazer toda a diferença, como destaca John Doerr em “Measure What Matters”.
Gostaria de finalizar destacando que a fórmula da produtividade e o cérebro mostram que a medição de produção não captura a complexidade das funções cognitivas. O foco deve estar na qualidade e impacto real das atividades. O sistema de recompensa do cérebro é ativado por feedback positivo e ajustado pela autoavaliação contínua. Um ambiente adaptável e positivo melhora a eficácia das métricas.
Artigo escrito por Marina Marzotto Mezzetti
Especialista em neurociência e líder visionária da empresa Neuro(efi)ciencia. Reconhecida pela implementação pioneira do Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) no Brasil, tem sido uma defensora incansável de práticas de trabalho mais equilibradas e eficazes. Seu modelo de jornada 4x3 desafia as normas convencionais ao promover um estilo de trabalho que prioriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Com um background diversificado, Marina transforma conceitos complexos em ensinamentos práticos, capacitando indivíduos a alcançarem uma vida mais equilibrada e bem-sucedida por meio da aplicação dos princípios da neurociência.
Fonte: Portal Administradores
