quarta-feira, 3 de julho de 2024

Traição política: Assessores nomeados por Lula no Banco Central apoiam Campos Neto para manter os juros abusivos dos bancos

Lula enfrenta o presidente do Banco Central - Campos Neto - que trabalha para sugar o dinheiro dos pobres para dar aos ricos por meio dos juros abusivos dos bancos

"Traem" vem do verbo trair. Significa o mesmo que: equivocam, enganam, iludem, ludibriam, atraiçoam.

Se tem uma coisa que é comum nos bastidores da politicagem em todos os cantos do país é o que se chama na língua portuguesa de traição política.

Nesse período eleitoral ficará nítido a trairagem de assessores e politiqueiros das diversas espécies no pleito eleitoral municipal, refletindo também as movimentações da política nacional.

Em entrevista à Rádio Sociedade nesta terça-feira (02 de julho de 2024), o presidente Lula (PT) criticou a política de juros do Banco Central e a pressão política em cima da instituição.

Desde o início do governo Lula no ano passado, o governo vem batendo de frente com o Banco Central liderado por Roberto Campos Neto pela alta taxa de juros operada pelo presidente da instituição, indicado por Jair Bolsonaro (PL).

Na visão do atual chefe do Palácio do Planalto, o Banco Central não pode operar em interesse do mercado, mas com o povo brasileiro.

Nesta semana a imprensa repercutiu entrevista do presidente Lula (vídeo abaixo), na qual criticou a atual taxa básica de juros (Selic) e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Lula defendeu que o BC tenha um presidente que “olhe um pouco esse país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”. Ele acrescentou também que “eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato”.



Segundo a ONG Auditoria da Dívida Pública

"A taxa de juros não é definida apenas por Campos Neto, mas por toda a diretoria do Banco Central, composta pelos 8 diretores e o seu presidente Campos Neto, nas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM). O voto desses 9 membros tem igual peso, dentre os quais, os 4 diretores indicados por Lula, que teriam a obrigação de mostrar, nas reuniões do Comitê, exatamente o que Lula disse na entrevista, ou seja, denunciar que Campos Neto considera em suas decisões sobre juros as expectativas infundadas do mercado financeiro sobre a inflação; denunciar tais mentiras e constranger Campos Neto, apresentando dados e estatísticas sérias e confiáveis, pois já está mais que provado a inflação brasileira não tem nada a ver com uma suposta demanda aquecida (que teria de ser combatida com elevada taxa de juros)."

Ainda que os 4 indicados por Lula não tenham a maioria dos votos, seria fundamental que atuassem, nas reuniões que definem a taxa básica de juros, para deslegitimar tecnicamente o posicionamento de Campos Neto, porém, o que se viu na Ata da reunião do COPOM de 18 e 19 de junho: a decisão pela manutenção da altíssima Taxa Selic em 10,5% a.a. foi unânime e contou com os votos dos 4 diretores do BC indicados por Lula, que dessa forma legitimaram o posicionamento de Campos Neto.

A falta de apoio do governo ao projeto de lei que visa limitar juros no Brasil (PLP 104/2022) e de enfrentamento ao Sistema da Dívida por meio de uma auditoria integral da dívida favorece essa atuação desastrosa do Banco Central. 

Somente uma auditoria será capaz de desmascarar os mecanismos operados pelo Banco Central (como a Bolsa-Banqueiro) e identificar os nomes dos grandes beneficiários dessa chamada dívida, por exemplo.

Segundo a Revista Fórum, Campos Neto sabota o câmbio para produzir inflação, subir juros e fabricar uma crise econômica no país. 

Clique aqui e confira a ATA da reunião que aponta a traição dos nomeados por Lula.

Clique aqui e confira o gráfico sobre o orçamento do governo federal elaborado pela auditoria da dívida pública. 

Clique aqui e confira o editorial do Diário da Causa Operária.