quinta-feira, 27 de junho de 2024

Perícia do Especialista: Libertação de Julian Assange é conquista de todos os jornalistas do Mundo e uma vitória da liberdade de imprensa

A libertação do jornalista australiano Julian Assange foi celebrada em todo o mundo por entidades que atuam em defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos



O Mundo carece de conhecimento completo sobre a ciência e a sociedade em geral.

As pessoas não tem livre acesso a informações verdadeiras sobre a economia, a política e as relações institucionais para que possam adquirir informações reais sobre as movimentações do governo e ficam limitadas de conhecer a realidade do mercado e os bastidores das grandes decisões políticas que afetam a vida em toda humanidade.

As instituições do governo de uma forma geral costumam enganar as pessoas por meio de manipulações diversas, recortes da realidade e informações distorcidas sobre as relações sociais entre pessoas que circulam na órbita do poder político. Essa ocultação de certa forma tem a cumplicidade da própria vítima da desinformação: a população.

Isso é mais comum no Brasil mas acontece em todas as partes do Mundo.

Quando um jornalista exerce sua profissão em busca do conhecimento da verdade para que possa informar a população e gerar conhecimento útil a sociedade, muitas vezes, tem o acesso dificultado por representantes das instituições públicas e sofre sanções políticos-econômicas como a tentativa de rebaixamento social e financeiro por parte de autoridades no serviço público na órbita da política.

O trabalho de apurar informações por meio da pesquisa e desenvolvimento da informação é impedido por autoridades corruptas das diversas ideologias. Em alguns casos, ocorre o bloqueio do acesso a informações e até mesmo microsanções econômicas para dificultar a vida do pesquisador científico social e com isso satisfazer o ego de gestores públicos e politiqueiros corruptos que nunca valorizam o trabalho dos jornalistas e não tem interesse que a sociedade esteja devidamente informada.

A tática popular é desvalorizar o trabalho de pesquisadores, cientistas sociais e jornalistas.

É aí que está uma das raízes da grande corrupção e do ocultismo da verdade em nossa sociedade.

A negação das informações públicas somente interessa aos ladrões do dinheiro público, politiqueiros e empresários corruptos das diversas ideologias.

Julian Assange está finalmente livre


CASO JULIAN ASSANGE É CONQUISTA DA LIBERDADE DE IMPRENSA EM TODOS OS CANTOS DO MUNDO

Após anos de perseguição e encarceramento, o fundador do WikiLeaks foi liberto. Assange, que se tornou um símbolo global da luta pela liberdade de imprensa e contra o imperialismo, encontrou sua liberdade em um momento importante, em meio à maior crise da história do imperialismo.

O fundador da plataforma Wikileaks, alvo de investigações criminais nos Estados Unidos e preso desde 2019 no Reino Unido, chegou a um acordo que lhe permitiu deixar o país. 

De acordo com nota divulgada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que congrega mais de 500 entidades filiadas em todo o Brasil, foi uma vitória da mobilização internacional em defesa da liberdade de imprensa. "Chamamos a atenção para a ameaça permanente da vigilância e das tentativas de criminalização do jornalismo e dos jornalistas".

Para o partido da Causa Operária:

"Essa libertação representa um recuo significativo por parte do imperialismo. Os Estados Unidos e seus aliados enfrentam uma crise avassaladora na Palestina, evidenciada pelos conflitos contínuos na Faixa de Gaza e a iminência de uma guerra entre “Israel” e o Hesbolá. A intensidade dessa crise obriga o imperialismo a reavaliar suas prioridades e minimizar suas perdas no cenário político e de opinião pública global."

A libertação de Assange, nesse sentido, pode ser vista como uma tentativa do imperialismo de reduzir as tensões com o resto do mundo. Ao libertá-lo, os países imperialistas talvez esperem apaziguar parte da opinião pública internacional e recuperar algum apoio para se concentrar em questões que consideram fundamentais para sua sobrevivência.

Quem é Julian Assange e o que é WikiLeaks? 

Australiano fundou grupo em 2006 e ficou mundialmente conhecido pela divulgação de arquivos confidenciais e militares norte-americanos. Ao longo dos últimos anos, travou batalhas judiciais e esteve preso no Reino Unido.

Um acordo tirou da prisão o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na última segunda-feira (24/06/2024). Ele é acusado de vazar milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos e estava preso desde 2019 no Reino Unido.

Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.

Diante disso, Assange enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.

Quem é Julian Assange

Assange tem 52 anos e nasceu na Austrália. Durante a adolescência, ficou conhecido por suas capacidades em programação computacional.

Em 1995, ele enfrentou seu primeiro problema judicial: foi acusado por um tribunal australiano de cometer crimes cibernéticos. À época, o jovem Assange só não foi para a cadeia por prometer que não cometeria novas infrações.

Segundo as acusações, ele e um amigo eram hackers e cometeram uma série de infrações. Assange acabou sendo multado e liberado.

Ainda no fim da década de 1990, foi coautor do livro "Underground: Tales of Hacking, Madness and Obsession on the Electronic Frontier", lançado com a pesquisadora e jornalista Suelette Dreyfus. Ele também foi para a Universidade de Melbourne, onde estudou matemática e física.



O que é o WikiLeaks

O WikiLeaks surgiu em 2006 como uma ferramenta digital onde documentos secretos pudessem ser vazados. A técnica usada é conhecida como "dead letter box", que é um método de espionagem. O grupo era composto por ativistas, que recebiam materiais sigilosos.

Apesar de ter surgido em 2006, o WikiLeaks só ficou famoso em 2010, quando vazou um vídeo sigiloso que mostrava um ataque de helicóptero dos Estados Unidos no Iraque. O ataque em questão aconteceu em 2007 e deixou 12 mortos.

Ainda em 2010, a rede divulgou cerca de 490 mil documentos militares dos Estados Unidos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão. Os arquivos eram considerados como classificados, ou até mesmo secretos.

Entre os vazamentos estavam vídeos que exibiam assassinatos de civis, jornalistas, além de abusos cometidos por autoridades dos EUA e outros países.

Com o sucesso do grupo, Assange deixou de ter endereço fixo e passou a administrar a plataforma de lugares diferentes.

'Assange está livre, mas luta continua', diz ABI sobre acordo com EUA

Entidades ligadas a jornalistas no Brasil celebraram a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Ele estava preso no Reino Unido, mas conseguiu a liberdade na segunda-feira (24) após alcançar acordo judicial com as autoridades dos Estados Unidos

"Foram doze anos de afronta à liberdade de imprensa. Um escândalo, uma vergonha. Sob pressão de Washington, o Reino Unido ameaçava extraditar para os EUA um cidadão australiano cujo único crime foi o de praticar jornalismo profissional e de alta qualidade. Vale lembrar que vários grandes jornais que reproduziram as informações do WikiLeaks foram elogiados e ganharam prêmios de reportagem." - Octávio Costa, presidente da ABI


Fontes:

Diário da Causa Operária 

UOL

Globo.com 

Agência Brasil