sexta-feira, 30 de setembro de 2022

A indústria cultural da campanha eleitoral e o dilema do militante entre trabalhar de graça e a busca pela remuneração nas campanhas políticas

Reginaldo Santos - a simplicidade de um apaixonado pela política faz com que os barões da política queiram se aproveitar da boa vontade do trabalhador


Quem trabalha com "voluntariado" quer exercitar sua "suposta generosidade" no exercício da cidadania mas na realidade só se faz trabalho voluntário se o cidadão tiver outra fonte de renda alternativa. Caso contrário, é hipocrisia e desonestidade.

Ser bom mas não tolo eis a questão - cortesia não é submissão e subordinação.

Gratidão é virtude somente das almas virtuosas.

Se você conversar com um autista ele vai confirmar: Político ingrato tem a alma corrupta.

Você já foi em um estádio de futebol?

Todo torcedor acha que poderia estar dentro do estádio para participar do jogo ou as vezes o torcedor acha que poderia ser o treinador do seu clube de coração. Puro engano.

A paixão faz parte da cultura. Só que a realidade é muito diferente.

Na comunicação política é a mesma coisa. O blog que comunica com você é escrito por um Especialista em Comunicação Política pós-graduado pela Universidade Federal do Paraná.

Você toparia ser atendido por um médico que não tem a formação técnica na área? Pois é.

Toparia passar por uma cirurgia por um dentista sem ter estudado Odontologia?

Por isso é importante você saber escolher a fonte da informação para formar uma opinião com qualidade.

Expressões humanas das mais diversas para julgar a militância fazem parte da fofoca dos bastidores da política e nos submundos sociais.

O trabalhador Reginaldo Santos é um reflexo da cultura política da exploração e da mentira de candidatos e coordenadores de campanhas. Ele viveu o drama do militante explorado na campanha eleitoral.

Frases como: "Ideologia não enche barriga", "Você é vendável", entre outras, fazem parte do vocabulário da militância sagaz.

A pergunta que não quer calar:

O militante deve trabalhar de graça como um trabalhador explorado em nome de uma ideologia? 

Caso o militante receba algum valor ele está sendo remunerado para trabalhar ou está sendo corrupto?

A campanha eleitoral é parte integrante da indústria cultural e de certa forma movimenta a economia durante o período eleitoral.

No Brasil a cada 2 anos tem eleições. Este ano é a eleição para deputado estadual, federal, senado, governo estadual e presidente do país.

Daqui a 2 anos será a eleição para prefeito e vereadores nos municípios.

Mesmo que na prática nós vivemos em uma plutocracia disfarçada de democracia, ainda assim o sistema político atual é necessário para a garantia de alguns direitos básicos sociais.

Na teoria vivemos em uma democracia, com um sistema que contempla o poder executivo, o legislativo e o judiciário.

O "quarto poder" é a comunicação social. Mesmo que os políticos queiram colocar a imprensa debaixo do braço.

Somente nesta campanha eleitoral de 2022 o governo disponibilizou aproximadamente 6 bilhões de reais para os partidos políticos e para os candidatos gastarem em suas campanhas.

A campanha política é de fundamental importância para o processo de construção de uma sociedade civilizada. É um momento importante para que a população possa debater, estudar, fazer reflexões pessoais, coletivas e pesquisar sobre as propostas, o passado, o presente dos candidatos e pensar no futuro de sua comunidade.

A nossa crítica vai para os partidos de esquerda que muitas vezes querem pregar o combate as desigualdades e injustiças mas são os primeiros a cometer atos de injustiça, explorações das diversas formas e desonestidade intelectual.

A direita é injusta por natureza. Não cabe aqui criticar as injustiças da direita pois a direita é a vontade política do indivíduo em legalizar, aceitar e se conformar com as injustiças sociais e econômicas.

E a esquerda?

A esquerda precisa de uma profunda auto-crítica nessas eleições se quiser conquistar credibilidade e coerência para as próximas eleições.

Quando o político fala em liberdade mas mantém o povo na escravidão da ignorância é uma demonstração de corrupção moral