Para uma sociedade se desenvolver de maneira progressista sabemos da importância da imprensa, da figura do jornalista, dos veículos de comunicação, das notícias, das orientações sociais e do valor da informação que proporciona a formação do conhecimento.
O Brasil viveu recentemente um dos piores momentos de sua história com o avanço das fakenews nas redes sociais.
Com a diminuição da circulação da mídia impressa comunitária devido o avanço da tecnologia, as produções midiáticas aumentaram a circulação entre celulares e computadores, o que gerou uma percepção de que para ter acesso a informação de qualidade, basta estar na internet.
Dentro do universo virtual se faz necessário a pesquisa bem elaborada, a dedicação ao consumo da informação de qualidade e a conexão por notícias verdadeiras.
As fakenews são resultados de informações distorcidas da realidade e a desinformação pode ser utilizada para promover enganos, mentiras e também pode gerar a opinião altamente equivocada sobre fatos, cenários e problemas.
A solução sempre está na busca pelo verdadeiro conhecimento.
A reflexão, a meditação, o compromisso com a verdade e a autenticidade são fundamentais para o progresso humano, social, político e econômico das nações.
Com o aumento do acesso das pessoas a internet, os celulares mais acessíveis ao consumo da população, ocorreu o efeito colateral da democratização da informação.
Este efeito gerou a problemática das chamadas fakenews, que são semelhantes as fofocas comunitárias, rodas de conversas domésticas, micro debates provincianos.
A circulação das fofocas em bairros, vilas e cidades estão presentes desde o início das comunicações entre pessoas.
A internet passou a receber uma poluição de informações e as fakenews são resultados de desinformação, as vezes por ingenuidade, as vezes por maldade.
A produção ou compartilhamento de conteúdos úteis são necessários para a população.
A divulgação de notícias confiáveis é sempre uma responsabilidade da imprensa.
A produção cultural continua sendo uma necessidade social. Com as novas tecnologias, se faz necessário compreender as modernas criatividades atuais.
Neste sentido, se faz necessário reforçar um conhecimento técnico da comunicação social.
Precisamos reforçar o valor do clipping para as secretarias de comunicação.
É importante que se resgate o valor concreto da organização do clipping e a valorização da imprensa que trabalha com as fontes oficiais de notícias governamentais e frutos de trabalhos de assessorias de imprensa de empresas e governos.
O Clipping é o processo contínuo de monitoramento, análise e arquivamento de menções feitas na mídia a uma determinada marca, seja ela uma empresa ou pessoa pública, que pode se estender também a verbetes, como nomes e expressões utilizados numa campanha de comunicação.
Normalmente, o monitoramento é feito em mídias de conteúdo público ou por assinatura. Como televisão, rádio, jornais e revistas impressos e eletrônicos, sites noticiosos, blogs, redes sociais, podcasts e plataformas de streaming, como o YouTube.
A palavra “clipping” significa recorte em inglês e embora nesse idioma a atividade seja mais conhecida como “news monitoring” (monitoramento de notícia) ou “media monitoring” (monitoramento de mídia), ela se popularizou em outros idiomas porque, inicialmente, a atividade se limitava à mídia impressa.
Naqueles tempos, os trechos em que uma marca era mencionada eram recortados e organizados em pastas e arquivados conforme a necessidade e o monitoramento a ser feito.
O clipping do ponto de vista técnico
O serviço de clipping é contratado frequentemente por empresas com presença na mídia.
Seja ela provocada pela popularidade da marca, pela função que desempenha na sociedade (órgãos públicos, por exemplo) ou pelo trabalho ativo de mídia espontânea ou conquistada feito por assessorias de comunicação e de imprensa internas das empresas ou terceirizadas no modelo de agência.
Independentemente da marca monitorada, o trabalho de clipping é quase sempre feito por empresas especializadas ou pelas próprias assessorias de imprensa.
O processo de clipagem é desenvolvido de forma personalizada por cada empresa. Ou seja, cada uma tem sua maneira de fazer.
Estar atento ao que é falado por jornalistas, influenciadores e público é vital na gestão de uma empresa. Por isso, o clipping é um importante componente na atividade de assessoria de comunicação e relações públicas.
A análise humana, no entanto, ainda é indispensável, uma vez que até mesmo os mecanismos de inteligência artificial são incapazes, pelo menos por ora, de substituir a interpretação feita por pessoas.
História do clipping
Arquivar informações publicadas por terceiros é provavelmente uma atividade tão antiga quanto a própria imprensa. Afinal, publicações são, em última análise, uma forma de documentação de fatos e opiniões.
Organizar esses recortes para colocá-los no contexto é o que caracteriza o clipping, atividade com mais de dois séculos de vida.
1790 – O então presidente dos Estados Unidos, George Washington, considerou que vinha sofrendo constantes ataques da imprensa. Ele começou, então, a recortar e colecionar as matérias de forma ordenada, desde que houvesse nelas menções a ele e a seus muitos adversários políticos. Considera-se que esse foi o ponto de partida do clipping como o conhecemos hoje, uma vez que essa atividade passou a ser feita de maneira organizada por sua equipe e pelos presidentes que o sucederam.
1852 – Foi fundada em Londres a primeira empresa especializada em monitoramento de mídia. O fundador, de nome Romeike, era um vendedor de jornais que notava que muitos artistas recorriam aos jornais que ele arquivava para buscar menções sobre si próprios. Ele então percebeu que aquilo poderia virar um serviço pago e iniciou a atividade de clipping.
1879 – Uma passagem parecida com a de Romeike aconteceu em Paris. Notando que havia a demanda por um histórico organizado de notícias, o francês Alfred Chérié fundou a clipadora L’Argus de la Presse, vendida em 2017 para a Cision.
Década de 1940 – Durante a II Guerra Mundial, os russos faziam permanente clipagem do que era publicado na mídia europeia, conforme registra o livro “Cortina de Ferro”, publicado em 2012. Eles eram capazes de monitorar emissoras de rádio, apesar da distância e da diferença de idioma.
Década de 1960 – A essa altura, muitas agências de clipping já haviam surgido no mundo e, com a popularização do rádio e o advento da TV, muitas passaram a incluir o serviço de monitoramento dessas mídias em seu portfólio.
Década de 1970 – As agências deram um passo além e incluíram a análise avançada dos dados em seus serviços. Essa inovação é atribuída a uma agência chamada PR Data, que foi pioneira no uso de computadores para criar os relatórios.
2003 – Com a popularização da internet na década de 1990, as clipadoras começaram a oferecer serviços cada vez mais rápidos e abrangentes. A MediaMiser lançou, então, o serviço Enterprise (hoje Agility PR), que foi o primeiro a seguir o modelo de SAAS (software-as-a-service) para o monitoramento.
Outros usos de clipping
Embora os nomes “clipping” e “monitoramento da mídia” estejam quase totalmente associados ao trabalho descrito nesta publicação, os termos são também utilizados em comunidades científicas.
Os pesquisadores monitoram publicações para uma finalidade parecida com a das empresas, mas, ao mesmo tempo, muito particular. Eles querem saber se há outros pesquisadores atuando em pesquisas similares às suas. Neste caso, o objetivo é um pouco diferente também. Utilizar as descobertas uns dos outros e, eventualmente, propor a cooperação.
O clipping ajuda a entender como a empresa é vista pelo público, identificando pontos fortes e áreas de melhoria na comunicação.
O fato é que o trabalho de cooperação entre a imprensa e órgãos oficiais do sistema público de comunicação social são de fundamental importância para o combate as fakenews. É uma das maneiras de construir a informação de qualidade, a outra são as matérias exclusivas feita pelos veículos através da mão-de-obra de jornalistas.
Outro ponto necessário a ser lembrado é sobre a necessidade do poder público investir em serviços de comunicação social que tenham o propósito de comunicar com a responsabilidade do compromisso com a informação de fontes oficiais e notícias verdadeiras. O benefício para o governo é expandir e potencializar o serviço de comunicação e quem ganha com isso é o público que fica mais bem informado e a marca do anunciante valoriza.
O Blog do Bassa está preparado e comprometido com a comunicação de qualidade, a responsabilidade na veiculação de conteúdos, o compromisso com a verdade, respeito aos seus parceiros comerciais, e com o valor cultural da liberdade de imprensa.
O formador de opinião presente em comunidades e regiões descentralizadas é também uma entidade de comunicação que precisa estar informado para que possa orientar a sua comunidade com informações de qualidade.
O jornalista autônomo, os veículos que fazem parte da pequena imprensa, o jornal de bairro se feitos com jornalistas com credibilidade, podem ser potenciais veículos de comunicação e combater fakenews. para isso, é necessário organização, comprometimento e reciprocidade entre os parceiros comerciais e o veículo.
Este hábito é necessário para evitar cair nas armadilhas das fakenews e opiniões sem critérios.
A população precisa continuamente de instrução e informação verdadeira para exercer o livre arbítrio e tomar decisões.
A comunicação é um dos pilares da educação, por isso, é sempre recomendado a leitura de qualidade.
O leitor responsável e inteligente, de boa fé, com espírito de cooperação sabe quais são os veículos de comunicação de sua região que realmente possuem a credibilidade na elaboração do conteúdo. E para as autoridades que fazem a gestão dos recursos que geram a possibilidade de fomentar a produção da imprensa nos municípios e estados brasileiros, recomendo que invistam com seriedade com critérios técnicos que contemplem o conjunto da obra do veículo, como tempo no mercado, formação dos colaboradores, reputação e credibilidade das matérias, frequêcia na veiculação de matérias e conteúdos, compatibilidade e relevância com o propósito do veículo, entre outros, sempre um debate nesse sentido pode ser útil e necessário.
Clique aqui e relembre o artigo de Cristiano Bassa veiculado em 18/08/2022 que entrou para o editorial do jornal online - A Voz do Pará, com circulação em todo território nacional, organizado no norte do Brasil, no estado do Pará, lido por várias regiões do Brasil.
O site A Voz do Pará publicou um artigo de autoria do jornalista Cristiano Bassa sobre a importância da democratização da mídia.