sexta-feira, 27 de junho de 2025

Inteligência emocional: o segredo por trás de decisões mais acertadas - Portal Administradores

Imagem: Ilustração / Adobe Stock

No fim das contas, não basta decidir — é preciso decidir com consciência, equilíbrio e clareza de propósito

Tomar decisões eficazes é uma das habilidades mais exigidas no mundo atual. No entanto, o que muitos ignoram é que as decisões mais assertivas não nascem apenas de dados e lógica, mas de um elemento invisível e essencial: a inteligência emocional.

Daniel Goleman, referência mundial no tema, afirma que as emoções influenciam quase todas as decisões que tomamos, mesmo quando acreditamos estar sendo completamente racionais. Por isso, aprender a reconhecer, compreender e regular as próprias emoções é um diferencial competitivo em qualquer contexto profissional.

Emoção e razão caminham juntas

A ideia de que razão e emoção são opostas é ultrapassada. Neurocientistas como Antonio Damasio demonstraram que a tomada de decisão depende diretamente da integração entre emoção e lógica. Sem consciência emocional, tornamo-nos reféns de impulsos, medos e padrões inconscientes.

Profissionais com inteligência emocional elevada conseguem avaliar melhor os contextos, pesar riscos com clareza e agir com mais segurança, mesmo sob pressão. Eles mantêm o equilíbrio interno necessário para enxergar além do imediatismo.

O impacto da autorregulação emocional

Um dos principais pilares da inteligência emocional é a autorregulação — a capacidade de manter o controle diante de emoções intensas. Isso evita reações impulsivas, decisões precipitadas ou comportamentos que possam comprometer relações e resultados.

No ambiente corporativo, isso se traduz em líderes que sabem ouvir antes de responder, gestores que tomam decisões com empatia e profissionais que lidam com conflitos sem perder o foco.

Decisões mais humanas, resultados mais sustentáveis

Empresas que valorizam a inteligência emocional em seus processos decisórios tendem a construir culturas mais inclusivas, respeitosas e inovadoras. Isso porque levam em consideração não apenas o “o que fazer”, mas também o “como fazer” — e com quem.

Negócios que incorporam essa inteligência no dia a dia tomam decisões mais conscientes, alinhadas aos valores da organização e às necessidades reais dos envolvidos.

Reflexão final: você decide ou é decidido por suas emoções?

Toda decisão carrega uma carga emocional — mesmo as mais técnicas. A diferença está em quem tem consciência disso e aprende a usar as emoções como aliadas, e quem ignora esse aspecto e se torna prisioneiro de reações automáticas.

Desenvolver inteligência emocional é, portanto, uma das escolhas mais estratégicas que você pode fazer. Porque, no fim das contas, não basta decidir — é preciso decidir com consciência, equilíbrio e clareza de propósito.


Artigo escrito por Ramon Santillana. Redator do Administradores.com, cobre as áreas de Liderança, Desenvolvimento de Carreira, Aprendizagem Corporativa e outros temas relacionados à Educação para Negócios.