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Os perigos que Ratinho Júnior pode enfrentar com Moro, segundo os bastidores. |
O Blog do Esmael apurou, nos bastidores da política paranaense, que o governador Ratinho Júnior (PSD) pode enfrentar sérios riscos caso o senador Sergio Moro (União Brasil) vença a disputa pelo Palácio Iguaçu em 2026.
A avaliação circula com intensidade pelos corredores da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) desde a divulgação da pesquisa Paraná Pesquisas, na última segunda-feira (26), que mostra Moro liderando com folga a corrida estadual.
Indecisão fortalece adversário
A ausência de uma definição clara por parte do atual governador sobre seu sucessor tem alimentado incertezas entre aliados e favorecido o avanço do ex-juiz da Lava Jato. Parlamentares da base e da oposição veem na hesitação de Ratinho Júnior uma das principais causas do crescimento de Moro nas sondagens.
No campo palaciano, quatro nomes disputam internamente o apoio do governador:
- Alexandre Curi (presidente da ALEP),
- Rafael Greca (secretário da Sustentabilidade),
- Darci Piana (vice-governador) e
- Guto Silva (secretário das Cidades).
Segundo levantamento quantitativo, Curi e Greca aparecem empatados tecnicamente em segundo lugar, ao lado de Requião Filho (PDT) e Beto Richa (PSDB).
Bastidores apontam os riscos de uma vitória de Moro
Aliados e adversários ouvidos pelo Blog do Esmael apontam ao menos quatro riscos centrais para Ratinho Júnior numa eventual vitória de Sergio Moro:
- Perseguição política: Ratinho seria visto como potencial adversário em 2030, tornando-se alvo de ataques antecipados.
- Lawfare: O receio é que o estilo judicializado de Moro contamine o ambiente político, mirando a gestão do atual governo.
- Ruptura de acordos: Moro é tido como imprevisível e pouco confiável em eventuais “acordos brancos”.
- Risco penal: Há quem tema uma retaliação judicial, inspirada no caso de Lula, que foi impedido de disputar em 2018.
- A inquietação aumenta quando se recorda o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontou “gestão caótica e temerária” dos valores da Lava Jato por Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. O mesmo documento embasa o temor de desorganização administrativa caso ele assuma o comando do estado.
Silêncio que incomoda
No núcleo do governo, cresce a pressão para que Ratinho Júnior assuma um lado e anuncie publicamente quem apoiará em 2026. A falta de um nome oficial abre espaço para aventuras políticas e riscos institucionais maiores.
Líderes partidários também temem que o prolongamento dessa indefinição comprometa alianças estratégicas no plano nacional. Com a eleição presidencial se aproximando, o Paraná pode voltar a ser um laboratório de disputas polarizadas — com desdobramentos imprevisíveis.
Risco calculado ou erro de cálculo?
O silêncio de Ratinho Júnior pode ser uma tática de sobrevivência — ou o início de um erro político de grandes proporções. Se Moro consolidar sua candidatura sem resistência, o atual governador corre o risco de assistir de fora à desconstrução de seu legado.
No xadrez de 2026, hesitar pode custar mais caro do que escolher mal. O jogo está lançado — e a plateia política assiste, atenta, à movimentação de Ratinho.
Fonte: Blog do Esmael Morais