sexta-feira, 30 de maio de 2025

Blog do Esmael aponta riscos políticos que Ratinho Júnior corre se Sergio Moro vencer no Paraná

Os perigos que Ratinho Júnior pode enfrentar com Moro, segundo os bastidores.


O Blog do Esmael apurou, nos bastidores da política paranaense, que o governador Ratinho Júnior (PSD) pode enfrentar sérios riscos caso o senador Sergio Moro (União Brasil) vença a disputa pelo Palácio Iguaçu em 2026.

A avaliação circula com intensidade pelos corredores da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) desde a divulgação da pesquisa Paraná Pesquisas, na última segunda-feira (26), que mostra Moro liderando com folga a corrida estadual.

Indecisão fortalece adversário

A ausência de uma definição clara por parte do atual governador sobre seu sucessor tem alimentado incertezas entre aliados e favorecido o avanço do ex-juiz da Lava Jato. Parlamentares da base e da oposição veem na hesitação de Ratinho Júnior uma das principais causas do crescimento de Moro nas sondagens.

No campo palaciano, quatro nomes disputam internamente o apoio do governador:

  • Alexandre Curi (presidente da ALEP),
  • Rafael Greca (secretário da Sustentabilidade),
  • Darci Piana (vice-governador) e
  • Guto Silva (secretário das Cidades).

Segundo levantamento quantitativo, Curi e Greca aparecem empatados tecnicamente em segundo lugar, ao lado de Requião Filho (PDT) e Beto Richa (PSDB).

Bastidores apontam os riscos de uma vitória de Moro

Aliados e adversários ouvidos pelo Blog do Esmael apontam ao menos quatro riscos centrais para Ratinho Júnior numa eventual vitória de Sergio Moro:

  • Perseguição política: Ratinho seria visto como potencial adversário em 2030, tornando-se alvo de ataques antecipados.
  • Lawfare: O receio é que o estilo judicializado de Moro contamine o ambiente político, mirando a gestão do atual governo.
  • Ruptura de acordos: Moro é tido como imprevisível e pouco confiável em eventuais “acordos brancos”.
  • Risco penal: Há quem tema uma retaliação judicial, inspirada no caso de Lula, que foi impedido de disputar em 2018.
  • A inquietação aumenta quando se recorda o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontou “gestão caótica e temerária” dos valores da Lava Jato por Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. O mesmo documento embasa o temor de desorganização administrativa caso ele assuma o comando do estado.

Silêncio que incomoda

No núcleo do governo, cresce a pressão para que Ratinho Júnior assuma um lado e anuncie publicamente quem apoiará em 2026. A falta de um nome oficial abre espaço para aventuras políticas e riscos institucionais maiores.

Líderes partidários também temem que o prolongamento dessa indefinição comprometa alianças estratégicas no plano nacional. Com a eleição presidencial se aproximando, o Paraná pode voltar a ser um laboratório de disputas polarizadas — com desdobramentos imprevisíveis.

Risco calculado ou erro de cálculo?

O silêncio de Ratinho Júnior pode ser uma tática de sobrevivência — ou o início de um erro político de grandes proporções. Se Moro consolidar sua candidatura sem resistência, o atual governador corre o risco de assistir de fora à desconstrução de seu legado.

No xadrez de 2026, hesitar pode custar mais caro do que escolher mal. O jogo está lançado — e a plateia política assiste, atenta, à movimentação de Ratinho.

Fonte: Blog do Esmael Morais