quinta-feira, 27 de março de 2025

Reinaldo Azevedo: "Restaurante culpa Bolsa Família por seu mau serviço; a estupidez de uma elite pervertida"

Jornalista Reinaldo Azevedo comenta sobre os pré-conceitos da classe média e da burguesia sobre o programa Bolsa Família

 

Restaurante afixa aviso em que culpa Bolsa Família por falta de funcionários

Um restaurante pertencente à rede Freshouse, que funciona no Shopping Market Place, na zona sul de São Paulo, provocou revolta nas redes sociais, ao afixar um aviso que relacionava o programa Bolsa Família à falta de funcionários.

A empresa assegurou que a mensagem ofensiva e preconceituosa foi colocada em um dos computadores do estabelecimento sem autorização da diretoria.

“Senhores clientes por favor, tenham paciência, o pessoal do bolsa família e da cervejinha não quer trabalhar, estamos com muita falta [de] funcionários. Obrigado”, dizia o aviso.

Em nota divulgada no Instagram, a rede Freshouse classificou o ato como “uma mensagem equivocada sobre a situação”. Afirmou, ainda, que o bilhete foi colocado “indevidamente” no local e que a comunicação “não reflete os valores” da empresa.

A rede ainda pediu desculpas “a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida”. "Reforçamos internamente com toda a nossa equipe a importância de uma comunicação alinhada com nossos princípios, que sempre prezam pelo respeito e acolhimento a todos”, prosseguiu.

Economia

Beneficiários do Bolsa Família ocuparam 75% das vagas de empregos formais em 2024



Levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e publicado em reportagem do jornal O Globo, mostra que 75,5% dos empregos formais (cerca de oito em cada 10) foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família.

O Bolsa Família conta com uma Regra de Proteção, criada em 2023, que permite ao beneficiário manter-se no programa por um período de dois anos, mesmo após a conquista de um emprego. Obviamente, isso é permitido se a família seguir dentro de determinados critérios de renda.

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que o Brasil criou 1.693.673 empregos em 2024. Desses, 98,87% foram ocupados por pessoas cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único), que é a porta de entrada para os benefícios sociais do governo federal. Do total de empregos formais gerados no ano passado, 1.278.765 empregos (75,5%) foram preenchidos por beneficiários do Bolsa Família.

Em 2024, 1,3 milhão de famílias que tinham direito ao benefício superaram meio salário mínimo de renda per capita e deixaram o programa de transferência de renda. Em 2023, esse número foi de 590 mil famílias.

Esse movimento é atribuído a fatores como crescimento econômico e valorização do salário mínimo, bem como iniciativas de apoio ao emprego e ao empreendedorismo.

Entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, segundo um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), mais de 91% dos empregos formais criados no Brasil foram ocupados por pessoas inscritas no Bolsa Família e CadÚnico.

Simultaneamente, no período de junho de 2023 a dezembro de 2024, 1,5 milhão de famílias deixaram a baixa renda e outras 972 mil pessoas do Cadastro Único alcançaram a classe média, obtendo uma renda individual de R$ 3,4 mil ou mais.

Fonte: ICL notícias


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